sábado, 18 de agosto de 2012

HMHS Britannic

Origem: A enciclopédia livre.

HMHS Britannic
HMHS Britannic como navio hospital
HMHS Britannic como navio hospital
Carreira   Bandeira da marinha que serviu
ConstruçãoHarland and Wolff (Belfast)
Batimento de quilha30 de novembro de 1911
Lançamento26 de fevereiro de 1914
Porto de registoLiverpool, Inglaterra
ArmadorWhite Star Line
Viagem inaugural23 de Dezembro de 1915 (como navio hospital)
Período deserviçoServiu como navio hospital durante o seu período de serviço.
EstadoAfundado por uma mina em 1916.
Fatalidade21 de novembro de 1916 (95 anos)
Características gerais
Tipo de navioNavio Hospital
ClasseOlympic
Deslocamento53 000 t
Comprimento269 m
Boca94 m
Calado10,5
Propulsão2 hélices laterais de bronze com 3 lâminas cada. Uma hélice central também de bronze com 4 lâminas.
Velocidade21 nós -(39km/h) (min.)
23.75 nós -(43km/h) (max.)
Tripulação860
Passageiros3 300 feridos
489 profissionais de saúde

História
No início do século XX a imigração para o então novo mundo, como era denominada a Estados Unidos, era intensa. Muitos procuravam uma nova oportunidade de vida e deixavam para trás a miséria e a fome do antigo mundo. A única forma de travessia era através de navios. E as companhias marítimas não demoraram muito para ver o mercado que estava diante delas. A luta foi intensa entre as companhias marítimas até o surgimento da aviação comercial no fim da década de 1940.
No inicio de 1900 duas grandes companhias inglesas disputavam palmo a palmo a supremacia no Atlântico Norte no transporte de passageiros, a Cunard e a White Star Line. A White Star Line viu a sua rival transpor o Atlântico com imensos e colossos navios que eram o RMS Mauretania e RMS Lusitania até que em 1909, quando teve início nos estaleiros da Harland & Wolff, em Belfast, a construção de um trio de gigantes. Os denominados Classe Olympic, que era composta pelo RMS Olympic e RMSTitanic seriam os maiores objetos móveis já construídos pelo homem. Os dois primeiros foram construídos em paralelo e o HMHS Britannic, somente em 1914. o Olympic primeiro a ficar pronto (1911), seguido pelo Titanic (1912),logo apos foi concluída a construção do Britannic (1914).
O HMHS Britannic foi construído em 1914 foi o terceiro e ultimo dos três grandes navios da White Star Line. Eram muitos iguais, principalmente no tamanho, distribuição e vista exterior. A maior diferença residia no peso. Os dois irmãos mais velhos (Olimpic e Titanic), tinham cerca de 45 mil toneladas enquanto que o Britannic, pelas modificações feitas para resistir melhor a embates (como um casco duplo) e pelo número de botes ser aumentado entre outras, fez com ele pesasse 50 mil toleladas.



                            

H.M.H.S. Britannic - Gigantic

Britannic foi lançado em 26 de Fevereiro de 1914 e estava previsto começar a sua rota regular entre Nova Iorque e Southampton na primavera de 1915. Entretanto, com o início da Primeira Guerra Mundial, em 13 de novembro de 1915 ele foi requisitado pela Força Armada Inglesa, equipado para ser um navio hospital. Atracou em Liverpool no dia 12 de dezembro de 1915 debaixo de uma pesada escolta armada. Foi equipado para a função de navio hospital com 2.034 cabines e 1.035 camas para vítimas. Nele embarcou cerca de 52 médicos oficiais, 101 enfermeiras, 336 soldados, e uma tripulação de 675 homens e mulheres. O navio estava sob o comando do Capitão Charles A. Bartlettt. Bartlett iniciou sua carreira na White Star Line em 1874 ocupando várias posições em navios de transporte como o Celtic, Teutonic, Oceanic e Georgic. Em 1903 ganhou o certificado de Mestres e com isso comandou transportes como o Germanic, Cedric, e o Republic. Era muito querido pelos seus passageiros, mas não pela diretoria da White Star Line, devido a sua excessiva preocupação com a segurança e não com a velocidade.
Britannic foi comissionado como HMHS "His Majesty's Hospital Ship" (Navio Hospital da Vossa Majestade), em 12 de dezembro de 1915 em Liverpool passando em seguida para a sua primeira viagem em 23 de dezembro de 1915, com destino a Moudros. Ele foi juntar-se ao RMS Mauretania, RMS Aquitania, e seu irmão, o RMS Olympic. Juntos os cinco navios eram capazes de levar 17.000 doentes e feridos ou 33.000 soldados.
A quinta viagem teve novamente a escala Southampton, Nápoles e Mudros. No último dia dessa viagem o Britannic enfrentou mares revoltosos e tempestades. Após enfrentar as tormentas, retornou finalmente a Southampton com mais de 3 000 feridos. Após três viagens "transportando" feridos, o Britannic voltou a Belfast em junho de 1916 e foi devolvido a White Star Line.
O RMS Aquitania sofreu sérios danos durante a tempestade e teve que atracar para reparos. Por causa disso, quando estava sendo feitas as modificações do Britannic para interagir como navio de turismo, ele foi novamente solicitado pelo Almirantado Britânico e foi convocado para sua sexta viagem depois de quatro dias.
Britannic partiu de Southampton no dia 12 de novembro de 1916, para a sua sexta viagem. O tempo estava tranquilo e não levava nenhum "passageiro".
Em 21 de Novembro de 1916, o Britannic saiu do porto de Nápoles em direção a Moudros. Perto das 08:00 da manhã quando passava pelo Canal de Kea no mar Egeu, houve uma enorme explosão na parte inferior do navio causada por uma mina posta lá duas semanas antes por um submarino alemão (U73). Este navio, sendo em tudo melhorado em relação ao Titanic, tinha estruturas mais fortes e eficientes que suportavam ter 6 de quaisquer porões inundados. Pensa-se que a mina tenha feito estragos em apenas dois porões mas, mais por mau funcionamento das comportas aprova d'água, e por erros humanos como deixar as janelas inferiores abertas, devido ao forte calor (situação explicitamente proibida), o imenso navio afundou-se em cerca de 55 minutos (O Titanic levou 2 horas e 40 minutos). O Capitão experimentou encalhar o Britannic na Ilha de Kea, mas não teve sucesso. O maior transatlântico da Inglaterra, com apenas 351 dias de vida, naufragou em bem menos tempo que se imaginava.
Com botes salva-vidas suficientes para cerca de 3000 passageiros, os 1066 presentes fizeram uma evacuação rápida. Houve apenas dois incidentes de lançamento dos botes: Dois botes que foram lançados com os motores do navio ainda em funcionamento, foram sugados pelas hélices do navio, o que resultou em sua destruição e na morte das pessoas que estavam a bordo deles.
A última pessoa a sair do navio foi o Capitão Bartlett que no último momento quando a água já estava na ponte do navio, e nadou até alcançar um bote onde pôde ver o restante do navio a afundar-se.
Ao todo 1 036 pessoas foram salvas e 30 perderam a vida.

[editar]Descoberta

Os destroços do grande navio descansam agora a 107 metros de profundidade ao largo da costa da Grécia (coordenadas: 37° 42' 05" N 24° 17' 02" E) encostado totalmente sobre o seu lado estibordo. Tão raso que a proa bateu no fundo antes dele afundar totalmente. Este foi descoberto e inicialmente explorado por Jacques Cousteau nos anos setenta. É considerado um cemitério de guerra e portanto a sua exploração é limitada embora acessível por mergulhadores. O interior encontra-se bem conservado.

Britannic é hoje um dos maiores trânsatlanticos afundados. É fácil distinguir o Britannic de seus irmãos, devido aos gigantescos turcos de barco salva-vidas, e também porque a maioria das fotografias suas mostram ele todo pintado de branco com uma faixa verde pintada no casco de proa à popa, separada apenas por três grandes cruzes vermelhas de cada lado, designando-o como um navio hospital. O HMHS Britannic nunca chegou a exerce sua real função, como navio imigrante. Em 1998 uma expedição fotografou e filmou os destroços do Britannic.


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